Desde
o dia 4 de junho, nós, estudantes de Farmácia da UFBA estamos em greve, com as
pautas que todos nós já conhecemos. Durante este período, principalmente nos
mês de junho, montamos GT’s (Grupos de Trabalho), discutimos bastante sobre nossas
pautas reivindicatórias, principalmente quanto ao currículo do nosso curso,
além de fazermos o magnifico “Ato da Implantação da Farmácia Escola”. Infelizmente,
com a época das possíveis férias de julho, além do feriado de São João, e falta
de interesse de grande parte do estudante com a greve em si, perdemos muita
força para continuarmos a seguir em frente com todas as reivindicações antes
solicitadas. Agora, engana-se também quem disser que todos estes momentos de
paralisação não nos trouxe algum beneficio, pois o DAFG não parou em momento
algum, pelo contrario, compareceu, e continua comparecendo a todas as reuniões,
de todos os departamentos além da Congregação, e Núcleo Docente Estruturante,
pressionando os responsáveis pelo nosso currículo atual, e do não funcionamento
da Farmácia Escola durante estes últimos 15 anos, e com isso, conseguimos a
mobilização de muitos estudantes que estão interessados no Futuro de nossa
Faculdade, que apoiou, em todos os momentos, no andamento de nossas
mobilizações, tornando o nosso Diretório Acadêmico mais forte, fazendo com que
entrássemos em um estado de aclive, pois, agora, somos muito bem vistos e
respeitados pelos professores desta instituição, bem como a nível nacional,
como foi visto no XXXV Encontro Nacional dos Estudantes de Farmácia (ENEF),
cuja nossa mobilização foi única em todo o Brasil, pois, fomos os únicos que
entramos em greve por motivos próprios, com independência a greve docente. Este
ato foi tão importante para o Movimento Estudantil de Farmácia Brasileiro, que
fomos aclamados ao dar nossos depoimentos, e servimos de exemplo de luta e
conquistas.
Sendo mais especifico sobre a greve, o
DAFG decidiu se empenhar em 2 reivindicações, pois cremos que estas são as
principais: Atualização do Currículo e Ativação da Farmácia Escola. Todas as
outras pautas são também muito importantes, porem, como temos poucas pessoas
para toca-las para frente, decidimos que estas serão nossas principais. Quanto
a reforma curricular, os membros do Núcleo Docente Estruturante estão muito bem
receptivos, receberam nossas reivindicações, e estão, junto de nós, estudantes,
estudando e bolando maneiras de que nosso currículo seja modificado, levando em
conta as manifestações dos estudantes. Em respeito à Farmácia Escola, a
Diretora de nossa Faculdade, Maria Spínola, fez a convocatória, por duas vezes,
aos professores e estudantes, para a comissão que irá solucionar este problema
que há quinze anos nos aflige. Infelizmente, somente nós, estudantes, que
comunicamos a Diretoria quem seriam os representantes desta comissão, e os
demais departamentos ainda não responderam sobre quais professores farão parte da
mesma. Diariamente, o DAFG cobra a Diretoria sobre isto, e, segundo a nossa
Diretora, caso ninguém se habilite, teremos que nós mesmos indicarmos os
professores para que dê inicio a comissão. Sobre as demais comissões
(Biossegurança e Carga Horária dos Professores), a Diretora ainda não fez
convocatória. Além disso, já foi bolado um Modelo de Avaliação Qualitativa dos
Professores, efetuados pelos estudantes, que, ao contrário do que a SUPAC faz,
divulgaremos os resultados, o que servirá de base para avaliar e cobrar sobre a
atuação dos professores em sala de aula.
Com
tudo isso, nós, do DAFG, pedimos a compreensão e colaboração de cada estudante,
pois somente nós, podemos trazer soluções para nossos problemas, e não podemos
esperar que outros façam aquilo que nós temos competência de resolver. Como
diria Rosa Luxemburgo “Quem não se movimenta não sente as correntes que o
prendem”, por isto, convoco cada estudante para que se junte a luta, e que
construamos uma Faculdade de Farmácia mais justa, e que tenha a real capacidade
de formar indivíduos capacitados para desenvolver uma sociedade mais justa.
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